Toda a estrutura da sociedade é contra o coração. Ela treina a cabeça, disciplina a cabeça, educa a cabeça. Ela negligencia e ignora o coração, por que o coração é um fenômeno perigoso. A cabeça é uma máquina. Máquinas nunca se rebelam, não podem se rebelar - simplesmente seguem ordens. As máquinas são boas nesse sentido, são obedientes; Por isso o Estado, a Igreja, os pais, todo mundo está interessado na cabeça. É conveniente para todos. O coração cria inconveniência, para o status quo, para a ordem estabelecida, para o interesse adquirido.
A cabeça funciona pela lógica. Ela pode ser convencida, pode se tornar cristã, hindu, maometana; pode se tornar comunista, fascista, socialista. Qualquer coisa pode ser feita com a cabeça. Você só precisa de um sistema de educação engenhoso, de uma estratégia ardilosa. Exatamente da mesma maneira como alimentamos os computadores, alimentamos a cabeça. E tudo que você dá de alimento à cabeça, ela vai se repetindo. Ela não consegue fazer uma única coisa nova, nunca é original.
O coração vive por meio do amor, e o amor não pode ser condicionado. Essencialmente, ele é rebelião. Você nunca sabe aonde o amor o levará. Ele é imprevisível, espontâneo, nunca repete o velho, sempre responde ao momento atual. O coração vive no presente, a cabeça vive no passado. Por isso, ela é sempre tradicional, convencional, e ele é sempre revolucionário, rebelde. Mas você só pode ser vitorioso por meio do coração, por meio do amor, não da lógica.
E o milagre é que, quando você se rebela contra a psicologia da multidão e se torna cada vez mais independente, começa a sentir que está se tornando um com o todo, com o universal.
Osho, Meditações para a noite. Verus Editora. pág 145
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